Postado em: 8 de novembro de 2022 | Por: Ezequiel Neves

Após vitória, PT prioriza ação no TSE para afastar Bolsonaro e ‘sombra de Trump’ em 2026

 



Após derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, o PT vai insistir em tornar o presidente inelegível para evitar que ele ressurja como uma força política competitiva em 2026, semelhante ao que acontece nos Estados Unidos com Donald Trump. As informações são do blog da Andréia Sadi.

Para tanto, o caminho principal é a ação em que a chapa de Lula e Alckmin acusa Bolsonaro, seu filho Carlos e outros assessores de operar um “ecossistema de desinformação” para manipular os eleitores e influenciar o resultado do pleito de 2022 de forma ilegal. A queixa, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), foi apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições.

A partir dela, em 18 de outubro, o corregedor da Corte, ministro Benedito Gonçalves, determinou a abertura de investigação e pediu explicações a Carlos, ao presidente e outros alvos, a suspensão de monetização de uma série de canais bolsonaristas até o fim da eleição e a proibição de exibição do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, da produtora Brasil Paralelo.

O TSE ainda não decidiu, porém, se aceita o pedido final: cassar os registros eleitorais dos investigados e torná-los inelegíveis por 8 anos. Bolsonaro inclusive, mas não só. Na ação, a campanha do PT arrolou nomes de bolsonaristas de grosso calibre, e que podem ter papel nas eleições de 2026, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), Ricardo Salles (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), que estão entre os deputados federais mais votados do país em 2022, e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) – cujo mandato se encerra daqui a 4 anos.

‘Sombra de Trump’

A preocupação do PT surge diante da força exibida pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump – de quem Bolsonaro é um admirador assumido – mesmo após ser derrotado na busca por um segundo mandato à frente da Casa Branca.

O republicano, que assim como o presidente brasileiro é acusado de usar a mentira como método de convencimento dos eleitores e é suspeito de estimular atos antidemocráticos para subverter o resultado das urnas, mergulhou de cabeça nas eleições para o Congresso americano, que ocorrem nesta semana.

Embora nada esteja definido, de acordo com as últimas pesquisas, os republicanos têm boas chances de conquistar entre 10 e 25 novas cadeiras na Câmara, mais do que suficiente para consolidar uma maioria na Casa, e também parecem ter vantagem no Senado. Caso esse cenário se confirme, Trump pode sair fortalecido para tentar voltar em 2026.

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