RÁDIO NOVA UNIÃO FM 106.3MHZ

Postado em: 8 de maio de 2023 | Por: Ezequiel Neves

Polícia investiga caso de bebê que teve a cabeça arrancada durante o parto

 

Foto: Ilustrativa/Pixabay

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de um bebê que foi decapitado no momento do parto, no dia 1º de maio. A mãe estava grávida de apenas 28 semanas.

Ranielly Coelho Santos, 34, deu entrada na unidade de saúde com pressão alta e inchaço no corpo, uma semana antes. Ela recebeu alta, mas precisou retornar na sexta-feira (28/4), pois os sintomas não melhoraram. O caso aconteceu no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A mulher, que já é mãe de um menino, teve o parto induzido pela equipe médica. Aline Fernandes, advogada da família, conta que o feto tinha uma má formação no pulmão. Levando isso em conta, os profissionais avaliaram que ele corria risco de vida e por isso decidiram pelo parto prematuro.

Ranielly disse à equipe que desejava uma cesárea e, inclusive, tinha recomendação médica para o procedimento. Quando questionou o que era parto induzido, os profissionais teriam somente afirmado que “seria como ela queria”.

De acordo com a advogada, durante o parto, os médicos ouviam o coração do bebê de meia em meia hora. O marido da paciente começou a estranhar alguns procedimentos, como o fato de vários residentes diferentes a examinarem.

A mulher entrou no bloco cirúrgico às 18h de domingo (30), sendo que o marido entrou na sala e a mãe dela ficou do lado de fora, acompanhando pelo vidro. Todo o procedimento só foi acabar na madrugada do dia seguinte, por volta das 3h.

Pai foi retirado da sala

Em um determinado momento do trabalho de parto, após fazer cortes, a médica teria subido nela para puxar a criança. Nesse momento, o bebê teria sido decapitado.

O pai notou o ocorrido e se revoltou, sendo retirado da sala por profissionais que acompanhavam o parto. Aline conta que a médica deu uma anestesia geral em Ranielly, que acordou somente na enfermaria.

Segundo a advogada, a profissional chegou a pedir desculpas à família e alegou ter sido um “acidente”. O hospital ainda teria sugerido aos familiares que assinassem um termo para afirmar que o bebê já estava morto na barriga no momento do parto.

O caso foi denunciado na ouvidoria do Hospital das Clínicas. De acordo com Aline, a unidade de saúde afirmou que faria a necrópsia por conta própria e arcaria com os gastos do enterro. Após assistência jurídica, porém, a família decidiu encaminhar o corpo ao IML (Instituto Médico Legal).

Investigação aberta

O resultado preliminar do laudo sai nesta segunda-feira (8), e a expectativa é de que o corpo seja liberado ainda hoje. Ranielly, que levou ao menos 60 pontos, também fez exames periciais.

Por meio de nota ao BHAZ, a Polícia Civil informa que instaurou inquérito para apurar as causas e circunstâncias do ocorrido. A reportagem também procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG), que afirmou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e “vai instaurar os procedimentos administrativos necessários”.

BHAZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ATENÇÃO!
Todos os comentários abaixo são de inteira RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA de seus Autores(LEITORES/VISITANTES). E não representam à opinião do Autor deste Blog.

Apoio o Jornalismo Independente Pix 02789917345