Postado em: 8 de julho de 2023 | Por: Ezequiel Neves
Ociléia Fernandes critica Eudes Barros por criar propagandas do tipo 'Água Salobra'
Postado em: 7 de julho de 2023 | Por: Ezequiel Neves
Seduc define normas e datas para eleições 2023 de gestores escolares
A participação da comunidade escolar é fundamental para fortalecer o processo democrático na educação. A eleição de gestores escolares constitui uma das prioridades da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que divulgou as normas e o cronograma para a realização do processo eleitoral de 2023. A ação conta com a parceria da Escola de Governo do Maranhão (EGMA). O edital contendo todos os requisitos para concorrer, período de inscrição e demais regras do processo será publicado em 30 de outubro.
O calendário eleitoral contará com as seguintes etapas: Curso de Formação, Teste de Mapeamento de Competências e Campanha e Eleição. O aspirante ao cargo de gestor escolar somente estará apto a concorrer às eleições se concluir o curso e obtiver aprovação no teste de mapeamento de competência.
“Mais uma eleição de gestores e gestoras escolares será realizada na rede estadual do Maranhão. Por determinação do governador Carlos Brandão, iremos cumprir mais um item do acordo com o sindicato dos professores da rede estadual e vamos realizar a primeira etapa desse processo de eleição, com abertura das inscrições para o curso de formação. Lembrando que o curso é pré-requisito para quem deseja participar desse processo democrático da gestão das nossas escolas”, destacou o vice-governador e secretário de Educação, Felipe Camarão.
O curso de formação, primeira etapa do processo, tem o objetivo de dotar os pretendentes de conteúdos necessários para o exercício da gestão, e será oferecido, a partir do dia 17 de julho, por meio da plataforma da Escola de Governo do Maranhão (EGMA), a todos que desejarem concorrer a eleição. No dia em que o concorrente se inscrever, a plataforma já estará disponível e este terá 30 dias para concluir o curso online.
O Teste de Mapeamento de Competências é a segunda etapa do processo e tem o objetivo de identificar os profissionais de Educação que reúnam as condições básicas necessárias para o exercício da função de gestor. O Teste será realizado de 25 de setembro a 2 de outubro. A terceira e última etapa é a da Campanha, culminando com a Eleição.
A diretora da EGMA, Leuzinete Pereira, ressaltou a importância das eleições de gestores no processo de fortalecimento da democratização nas escolas. “É com muita alegria que a Escola de Governo do Maranhão participa desse processo importante de fortalecimento da democracia. No momento em que você inspira a rede escolar, os estudantes a se movimentarem politicamente no ato republicano e democrático, então seguramente você está fortalecendo também a democracia do país”, afirmou.
Também participaram do lançamento do calendário da Eleição de Gestores 2023 representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Calendário – As inscrições para o Curso de Gestão Educacional acontecerão a partir de 17 de julho 2023. O Curso EaD estará disponível na plataforma da Escola de Governo do Maranhão (EGMA). Após o deferimento da inscrição, o servidor terá 30 dias para concluir o curso.
O Teste de Mapeamento de Competências ocorrerá de 25 de setembro a 2 de outubro de 2023.
Postado em: 6 de julho de 2023 | Por: Ezequiel Neves
Óleo de coco: novo estudo comprova por que o alimento se tornou um vilão na dieta
Óleo de coco – Foto: Unsplash
Suplementar a alimentação com óleo de coco pode provocar alterações no consumo alimentar, maior ganho de peso, comportamento ansioso e aumento de marcadores inflamatórios no sistema nervoso central, tecido adiposo e fígado. Este é o resultado de um estudo feito em camundongos, conduzido por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) e publicado na revista científica Journal of Functional Foods.
Os pesquisadores também observaram que suplementação com óleo de coco prejudicou a capacidade da leptina e da insulina — dois hormônios centrais para o metabolismo — de ativar mecanismos celulares responsáveis, por exemplo, pela saciedade e controle da glicemia. Além disso, os mecanismos bioquímicos envolvidos com a síntese de gordura estavam estimulados.
“Os dados sugerem que, embora o processo seja lento e silencioso, a suplementação com óleo de coco por longos períodos pode levar a alterações importantes no metabolismo que contribuem para o desenvolvimento de obesidade e comorbidades associadas”, afirma Marcio Alberto Torsoni, do Laboratório de Distúrbios do Metabolismo (LabDiMe) da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (FCA-Unicamp), em entrevista à Agência Fapesp.
Cerca de 90% dos lipídeos presentes no óleo de coco são do tipo ácido graxo saturado (AGS), popularmente conhecido como “gordura saturada”. Esses ácidos graxos são capazes de ativar processos inflamatórios, por meio de receptores conhecidos como Toll like receptor-4 (TLR-4), que podem levar ao desenvolvimento de doenças.
Embora parte importante desses lipídeos presentes no óleo de coco seja de ácidos graxos pequenos, chamados de ácidos graxos de cadeia curta, a gordura saturada presente no produto tem potencial para ativar vias inflamatórias e causar danos em diferentes tipos celulares.
“O consumo de óleo de coco como componente da dieta usual ou como suplemento alimentar aumentou muito na população. O problema é que, na maioria das vezes, esse consumo é realizado sem o acompanhamento de um nutricionista, que pode ajustar a inclusão diária desse lipídeo de acordo com recomendações individualizadas”, diz Torsoni que é doutor em biologia funcional e molecular, com pós-doutorados na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e na Universidade de Michigan (Estados Unidos).
O Globo
Gilmar Mendes determina que Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, volte à prisão
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quarta-feira (5/7), que Monique Medeiros, ré no processo da morte do filho Henry Borel com o ex-vereador Jairinho, volte a ser presa.
A mãe de Henry Borel deixou a cadeia em agosto de 2022, após ter a prisão revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ministro analisou um recurso do pai do garoto, Leniel Borel, contra decisão do STJ. A Procuradoria-Geral da República havia se pronunciado a favor da volta de Monique à prisão por considerar que “há elementos de comportamento da ré que tendem a perturbar a instrução do processo”.
Na decisão desta quarta-feira, Gilmar Mendes afirma que o entendimento do STJ “não apenas se divorcia da realidade dos autos, como também afronta jurisprudência pacífica” do STF.
“Nada justifica que um delito dessa natureza permaneça, até hoje, sem solução definitiva no âmbito da Justiça Criminal, a projetar uma grave sensação de insegurança entre os membros da comunidade.”
Para o ministro, “não há como concordar, com a devida vênia, com as afirmações (…) de que a prisão preventiva teria sido decretada apenas com base na gravidade abstrata do delito”.
Monique e Jairinho são acusados de torturar e matar Henry Borel, em 2021. Conforme laudos, a criança morreu por hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente.
Metrópoles
Lula se reúne com filhas de Silvio Santos em encontro fora da agenda
Foto: reprodução/instagram
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta quarta-feira, 5, com as filhas do apresentador Silvio Santos, do SBT, Patrícia Abravanel e Daniela Beyruti, que é CEO da emissora. O encontro não constou na agenda do presidente.
A reunião foi acompanhada pelo ministro da Secretaria da Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e ocorreu por volta das 16h. O Planalto informou que a visita foi institucional após troca no comando da direção da emissora.
O marido de Patrícia, Fábio Faria, foi ministro das Comunicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele pediu para ser exonerado dias antes do fim do mandato, em 21 de dezembro de 2022, para assumir o cargo de deputado federal pelo PP, do qual estava licenciado.
Daniela é vista como uma sucessora do pai nos negócios da empresa. Silvio Santos está com 92 anos e já não apresenta os programas da emissora.
O último encontro entre o petista e Silvio Santos foi em setembro de 2010. A reunião também não constou na agenda oficial. Na época, o apresentador disse a jornalistas que ia convidar Lula par participar do Teleton com doações.
Anos mais tarde, nas investigações de supostas fraudes no Banco Panamericano, que pertenceu a Silvio Santos, Procuradoria-Geral da República disse, nos documentos da Operação Conclave, que o encontro de 2010 teve como objetivo discutir a situação do banco. Em fevereiro de 2018, sete ex-diretores da instituição financeira foram condenados por crimes contra o sistema financeiro nacional.
Estadão Conteúdo
Tribunal de Justiça abre reclamação disciplinar contra juiz que excluiu héteros em estágio e disse que corregedor era “gay não assumido”
Foto: Reprodução
Juiz no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Mario Soares Caymmi Gomes, que publicou edital com três vagas de estágio em seu gabinete exclusivas para pessoas LGBT+ – vetado, posteriormente, pela Corte -, agora enfrenta uma reclamação disciplinar. A medida partiu da presidência do tribunal e pode resultar em punição.
O TJBA acusa o juiz de ter extrapolado os limites da liberdade de expressão ao comentar o caso em entrevista, após o veto ao edital.
Para o juiz, no entanto, trata-se de preconceito. “Esse talvez seja o primeiro caso explícito de LGBTFobia institucional no Poder Judiciário”, declarou o juiz à coluna Valor Jurídico, do Valor Econômico.
Mario Gomes recebeu a notificação em 28 de junho – o Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Ele tem 15 dias para se defender.
Mario Gomes é gay assumido e defensor ferrenho dos direitos da população LGBT+. Começou a se envolver de forma mais ativa na causa a partir de dezembro de 2020, quando propôs e viu ser aprovada, no tribunal, uma comissão para a promoção de igualdade e políticas afirmativas em questões de gênero e orientação sexual.
No começo deste ano, ele decidiu dedicar as três vagas de estágio do seu gabinete para esse grupo específico de pessoas.
Lançou um edital que tinha como prioridade a contratação de transgêneros e travestis ou, depois, pessoas declaradamente gays e lésbicas e preferencialmente pretas. Dizia de forma expressa, além disso, que pessoas heterossexuais não seriam contratadas.
Esse edital foi vetado pelo corregedor-geral da Justiça da Bahia, o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano. Ele considerou que não seria razoável impedir pessoas de participarem do processo.
Mario Gomes recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas não conseguiu reverter a decisão. O CNJ não discutiu o sistema de cotas. Disse somente que juízes não podem praticar políticas afirmativas sem o consentimento prévio do tribunal ao qual estão vinculados.
A publicação do edital, por si só, gerou enorme polêmica no Estado. Mas os ânimos ficaram mais exaltados depois que o juiz concedeu entrevista ao programa “OAB no Rádio”, em 5 de maio. A conversava era sobre “empregabilidade para a população LGBT+” e ele falou sobre o caso.
Em certo momento da entrevista, disse que havia lhe causado muito incômodo o fato de o veto ao edital ter partido “de um corregedor que é gay, ainda que ele não se assuma”.
A reclamação disciplinar contra o juiz foi apresentada pelo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Nilson Soares Castelo Branco. Ele diz, no documento, que desde o lançamento do edital a imagem da Corte “foi vilipendiada” por terem sido veiculados nas redes sociais “fatos inverídicos e distorcidos” sobre as ações e as políticas públicas desenvolvidas pelo tribunal.
Afirma que a entrevista concedida pelo juiz – após o veto ao edital – “reacendeu a questão em maior proporção e repercussão”.
Castelo Branco acusa o juiz de ter extrapolado os limites da liberdade de expressão e do dever de prudência e cautela que devem nortear as manifestações dos membros do Poder Judiciário. “Ao falar sobre a decisão da lavra do corregedor, proferiu manifestação de cunho ofensivo dirigida ao membro da mesa diretora do tribunal, além de realizar juízo depreciativo”, afirma.
Como a reclamação envolve o corregedor-geral, o presidente do tribunal optou por encaminhar o documento ao corregedor das comarcas do interior, o desembargador Jatahy Júnior.
Castelo Branco pede que os fatos sejam apurados e que proponha, se assim entender, a instauração de um processo administrativo disciplinar contra o magistrado.
A coluna entrou em contato com a assessoria de imprensa do tribunal. Solicitou um posicionamento institucional da Corte e pediu para ouvir o corregedor, mas não teve retorno até a publicação.
O juiz Mario Gomes se diz surpreso com a agilidade com que o caso está correndo. “Foi distribuído às 14h41 e às 14h48 já tinha uma decisão de duas folhas nos autos mandando me intimar. Parece que foi tudo combinado.”
Ele afirma não ter falado mal do tribunal durante a entrevista e diz que citou o corregedor-geral dentro de um contexto. “Não é que tenham me chamado para uma entrevista e eu, de forma aleatória, acusei. Não foi isso o que aconteceu.”
Mario Gomes enxerga esse processo como uma forma de retaliação e preconceito. “E não apenas homofobia contra mim, por ser um juiz gay que divulga e reivindica políticas afirmativas. Homofobia por não querer transgêneros nem travestis dentro do tribunal”, frisa.
O juiz se vê encurralado, além disso, pelo fato de a reclamação envolver o presidente e os dois corregedores do tribunal. “Não estou conseguindo advogado. Ninguém quer se indispor”, ele diz. “Me parece que seria caso de o CNJ intervir.”
Justiça Potiguar