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Postado em: 23 de março de 2023 | Por: Ezequiel Neves

Facção criminosa tinha ao menos 11 pessoas como alvos de ataques

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A facção criminosa que planejava matar e sequestrar autoridades tinha como alvos ao menos 11 pessoas, segundo apurou a TV Globo.

Além do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e do promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), estavam na mira do PCC:

  • Rosangela Moro (deputada federal e esposa do senador)

Filhos do casal

  • Ex-comandante da PM de Campo Grande (MS)
  • 2 diretores do Sistema Penitenciário de SP
  • 2 diretores de presídios federais
  • 1 agente penal federal em Porto Velho

Na casa de um dos suspeitos presos nesta quarta-feira (22), foi apreendido um caderno com mais nomes de alvos da facção.

Segundo apurou a TV Globo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, vinha cobrando desde janeiro a execução do plano, mas os responsáveis pelo planejamento respondiam que precisavam de mais tempo, alegando haver dificuldades operacionais.

Família monitorada

A família de Moro já estava sendo monitorada desde janeiro por integrantes do PCC suspeitos de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente, interior de São Paulo.

Nesta terça-feira, uma operação da Polícia Federal prendeu nove pessoas suspeitas de integrarem a facção criminosa que planejava os atos contra as autoridades.

Outro alvo dos criminosos era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que desde o começo dos anos 2000 investiga a facção que age inclusive dentro dos presídios e fora do país. Gakiya vive há mais de dez anos sob escolta policial, 24 horas por dia, por causa das ameaças de morte recorrentes que recebe.

O promotor teria alertado, por telefone, o procurador de Justiça de São Paulo Mário Sarrubo, que estava em viagem ao Tocantins, sobre Moro estar sendo monitorado. Sarrubo, então, alertou Moro e a cúpula da Polícia Federal.

Informações dadas à Diretoria-Geral da PF

Sarrubo e Gakiya foram até Brasília em janeiro e se reuniram com Moro e a mulher dele, Rosângela Moro (União Brasil-SP), eleita deputada federal. Todas as informações reunidas foram repassadas para a direção-geral da PF, que designou um delegado para abrir uma investigação. Sergio Moro e a esposa passaram a ter reforço na segurança pessoal.

Chefes das polícias legislativas também foram comunicados sobre a investigação.

De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam, inclusive, homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação. Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.

A retaliação a Moro era motivada por mudanças no regime de visitas em presídios. Criminosos também trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola. Ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo agentes.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador. A família de Moro também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

Conforme apuração do g1, depois de alerta do Gaeco de São Paulo, o senador e a família passaram a contar com escolta da Polícia Militar do Paraná.

Segundo a superintendência da PF, outras autoridades também estavam sendo monitoradas pela facção.

Por César Tralli, TV Globo — São Paulo/g1 Globo

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