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Postado em: 17 de junho de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Projeto que sugere abstinência sexual para evitar gravidez precoce tem apoio do prefeito de SP

 

O novo prefeito de São Paulo manifestou apoio a um projeto de lei municipal apelidado de “Escolhi Esperar”, por causa da proposta de inclusão do conceito de abstinência sexual nos planos de educação sobre o tema.

O PL 813/19 será votado nesta quinta-feira, 17 de junho, é de autoria do vereador Rinaldi Digilio (PSL), que também é pastor evangélico.

O texto, já aprovado em primeira votação, propõe a criação de um programa de “prevenção e conscientização sobre gravidez precoce” através de palestras, exposições e atividades com os adolescentes para “disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas” sobre o assunto.

Caso os vereadores aprovem o texto, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) deverá sanciona-lo, já que já um parecer técnico positivo de sua parte foi dado à iniciativa. O mandatário é ligado às bancadas católica e evangélica da Câmara Municipal, e tem perfil conservador.

O conceito de abstinência como um dos métodos contraceptivos oferecidos pelo governo entrou em debate no país através da ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que desde que assumiu a pasta, tem adicionado esse tema em suas propostas de prevenção da gravidez precoce e a proliferação de DSTs no país.

O autor do projeto, vereador Digilio, afirmou que embora o PL 913/19 tenha sido apelidado de “Escolhi Esperar”, ele não tem influência direta dos fundadores do movimento, pastor Nelson Júnior e sua esposa, Ângela Cristina.

Eu não faço parte do instituto [Eu Escolhi Esperar]. Conheço seus criadores, como conheço pastores de todo o Brasil”, disse Rinaldi Digilio.

No texto do projeto estão previstas “palestras, rodas de conversas e orientações feitas pelos profissionais da saúde e da educação para alertar sobre os riscos da gravidez precoce [a consequência direta de relações sexuais precoces”, segundo declaração do vereador ao jornal El País.

Oposição distorce

Não extinguimos nenhum método contraceptivo, apenas incluímos mais um, que é a prevenção primária, mostrando o que uma gravidez precoce pode causar na vida de um ou uma adolescente”, acrescentou o vereador, sublinhando que se colocou à disposição dos colegas da oposição para mudar o nome do projeto “em diversas ocasiões”, mas não houve acordo.

A menção à abstinência sexual não é feita, assim como também não há a defesa do conceito cristão de sexo apenas após casamento. Mesmo assim, vereadoras de partidos como PT e PSOL acusam o PL 813/19 de ser uma fachada para o incentivo à abstinência.

O que nos preocupa é que essa proposta, a princípio positiva, é pretexto para a adoção do método da abstinência sexual como política pública, limitando a educação sexual sobre métodos contraceptivos, por exemplo, e proteção contra DSTs [doenças sexualmente transmissíveis]”, reclamou a vereadora Luana Alves (PSOL).

No Twitter, o vereador se queixou da estratégia da oposição, que vem distorcendo o centro de sua proposta, e protestou: “Existem duas opções a mesa: o meu projeto para orientar e educar os jovens sobre os riscos de uma gravidez precoce ou o projeto do PSOL que prevê matar crianças inocentes no ventre. Eu prefiro orientar e educar com a Semana Escolhi Esperar do que triturar o cérebro de uma criança”.

Publicações do vereador no Twitter sobre o tema, que tem apoio do prefeito Ricardo Nunes
Fonte Gospel+

Postado em: 13 de agosto de 2019 | Por: Ezequiel Neves

Nota da Bancada de Deputados Estaduais do PT de São Paulo


Há menos de um mês do atropelamento criminoso que ceifou a vida do sem terra Luiz Ferreira da Costa integrante do acampamento Mariele Vive, de Valinhos, a Justiça de São Paulo ameaça despejar 1.200 famílias que trouxeram vida e produtividade à área que esteve por muitos anos abandonada e degradada.
O despejo decidido em sentença da juíza de primeira instância, Bianca Vasconcelos, pegou de surpresa as famílias que desde o dia 14 de abril de 2018 vivem na Fazenda Eldorado Empreendimentos Imobiliários Ltda, que volta a rota da especulação imobiliária compondo projeto imobiliário de luxo, o que pode configurar em grave ameaça ambiental para a Serra dos Cocais e as várias fontes naturais de água localizadas na região.
A proposta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é criar na antiga fazenda abandonada, o projeto de produção de alimentos saudáveis, semagrotóxicos e com preservação ambiental.
No período de um ano e quatro meses que estão na área do Acampamento Mariele Vive, o MST vem consolidando o projeto de Reforma Agrária comconstituição de hortas, cultivo de ervas medicinais,educação para as crianças, alfabetização de jovens e adultos, atividades culturais, atendimento à saúde, oficina de artesanato, bioconstrução, cozinha coletiva distribuindo refeições gratuitas diariamente.

Neste momento de grave desestruturação daeconomiadesemprego galopante, falta de perspectivas consequente do corte de investimentos dos governos Bolsonaro na esfera federal e, Doria no âmbito estadual, o movimento dos trabalhadores aponta um significativo caminho de respeito a dignidade e esperança aos milhares de desempregados e desalentados, vítimas do abandono dos governos e da falta de sensibilidade social da nossa Justiça.
Nós, deputadas e deputados estaduais do Partido dos Trabalhadores estivemos recentemente no Tribunal de Justiça do Estado e reiteramos os apelos para que sejam preservados o direito ao trabalho e o cultivo da terra daqueles que sonham e semeiam dias melhores para as 1.200 famílias resistentes do Acampamento Mariele Vive.
Teonílio Lula Barba, deputado estadual e líder daBancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo