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Postado em: 31 de janeiro de 2023 | Por: Ezequiel Neves

LULA E BOLSONARO ENTRAM NA DISPUTA, E ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DO SENADO VIRA ‘TERCEIRO TURNO’

 

Foto: Ricardo Stuckert/Marcos Corrêa/PR/Reprodução

 Três meses após o fim da eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) travam uma nova queda de braço, desta vez para emplacar um aliado no comando do Senado.

De um lado, o atual presidente mobilizou seus ministros e a base governista para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Do outro, o  ex-presidente Jair Bolsonaro entrou em campo nos últimos dias para ajudar Rogério Marinho (PL-RN), seu ex-ministro, a conquistar votos de indecisos.

Para ser reeleito presidente do Senado, Pacheco tem o apoio formal do PT, MDB, PDT e PSB, que, somados ao PSD, contam com 42 senadores, um a mais do que o necessário para ser eleito. Marinho, por sua vez, comanda um bloco de 23 parlamentares composto por PL, PP e Republicanos. Assim, ambos buscam parlamentares de siglas que ainda não declararam um lado na disputa, como União Brasil, PSDB e Podemos, que, juntos, têm 19 representantes.

Assim que voltou da viagem que fez à Argentina e ao Uruguai, na semana passada, Lula se reuniu com Pacheco para traçar estratégias. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também tem se empenhado para atrair votos ao senador do PSD. Até agora, apenas partidos da base declararam oficialmente apoio a Pacheco.

Ter um aliado no comando do Senado é considerado estratégico para o governo, que depende do aval dos senadores para nomear ministros de tribunais superiores, diretores de agências, embaixadores, além de maioria para aprovar projetos de seu interesse. Sob Bolsonaro, foi na Casa em que o Palácio do Planalto enfrentou suas maiores dificuldades, como a CPI da Covid.

— Qual pedido do presidente? Ele quer paz para poder governar e maioria para poder ganhar. É a nossa tarefa aqui — afirmou Wagner, que acenou com a possibilidade de o governo acelerar nomeações de indicados de senadores aliados. — Às vezes, o cara quer que apresse (a nomeação), (para) já ficar uma coisa mais certa. Se tiver uma bobagem para superar, qual problema?

O presidente também determinou que senadores nomeados em ministérios voltem ao cargo para votar em Pacheco. Flávio Dino (Justiça), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) devem se licenciar do governo até quarta-feira, dia da eleição, para reassumir seus mandatos.

Do outro lado da disputa, o Bolsonaro também tem agido para garantir que Marinho, seu ex-ministro, seja eleito. Como mostrou a colunista Bela Megale, do Globo, o ex-presidente telefonou para aliados e agiu para virar ao menos três votos a favor de Marinho. Ontem, ao marcar presença em um jantar de apoio ao concorrente de Pacheco, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez uma ligação por vídeo para Bolsonaro, que, segundo os presentes, disse que seu ex-ministro “representa o que o Brasil quer”.

Com informações do O Globo.

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