Postado em: 11 de abril de 2025 | Por: Ezequiel Neves

1ª Vara de Execuções Penais de São Luís reduz em 65% o acervo de processos conclusos há mais de 100 dias

 



A 1ª Vara de Execuções Penais do Termo Judiciário de São Luís reduziu em 65,42% o número de processos conclusos há mais de 100 dias. Em junho de 2024, a unidade acumulava 1.900 processos nessa condição. Atualmente, em abril de 2025, esse número caiu para 657.

A previsão é de que, até maio, a Vara consiga eliminar totalmente o acervo de processos com mais de 100 dias de conclusão. Para isso, a Corregedoria Geral da Justiça, por meio do Projeto Juiz/Analista Extraordinário, disponibilizou uma equipe de apoio com o objetivo de reforçar os trabalhos realizados pelos servidores(as) e pelo juiz da unidade.

Para o juiz titular da Vara, Francisco Ferreira de Lima, a atuação conjunta entre magistrados e servidores tem contribuído de forma decisiva para os avanços na resolução dos processos mais antigos. O magistrado também destacou o comprometimento da equipe na busca por uma Justiça mais ágil e eficiente.

“O aumento da produtividade é resultado da união de esforços de diversos servidores e juízes, todos empenhados em oferecer respostas mais rápidas e eficazes aos processos que tramitam nas Varas de Execuções Penais do Maranhão”, ressaltou.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça

Conselho da comunidade acompanhará execução penal em Buriti



A Vara Única de Buriti instalou o Conselho da Comunidade, que atuará na assistência às pessoas presas e o acompanhamento da execução penal e das condições gerais de cumprimento da pena, conforme a Lei de Execução Penal (LEP), nº 7.210/1984.

Por meio da Portaria – TJ nº 1371/2025, o juiz Galtieri Mendes de Arruda, titular da Vara Única de Buriti, constituiu o Conselho da Comunidade e nomeou seus integrantes.

Sete conselheiros e conselheiras nomeados foram declarados de boa  reputação pelos seus órgãos e entidades, passando a exercer, sem remuneração, um mandato de três anos, sendo permitida a recondução nas funções:

Foram nomeados os conselheiros e conselheiras:

Sammila Carvalho Barros, advogada, representando a Subseção da OAB de Chapadinha;
Almelita Júlia da Costa Silva, Psicóloga e Lorena Jesus Mesquita Lima, representando a Prefeitura Municipal de Buriti;
Pastor Carlos Augusto da Costa Ferreira, representando a Igreja Batista;
Francisco Júnior Barbosa Sousa, representando a AMIB - Associação dos Amigos de Buriti;
Pastor Renys Dey da Silva Oliveira, representando a Igreja Assembleia de Deus
Francisca das Chagas Marques Ferreira, representando a Igreja Católica.

FUNÇÕES DO CONSELHO DA COMUNIDADE

Caberá aos integrantes do Conselho visitar estabelecimentos penais; entrevistar presos, albergados; apresentar relatórios mensais à Vara de Execução Penal e ao Ministério Público; acompanhar e fiscalizar o cumprimento das penas aplicadas; diligenciar para obter recursos materiais e humanos e promover a alfabetização e a capacitação profissional dos presos e albergados, dentre outras funções.

De acordo com a Portaria de instalação, a constituição, instalação e efetivo funcionamento do Conselho da Comunidade representa “uma abertura do cárcere à sociedade, visando neutralizar os efeitos danosos da marginalização e da segregação e, bem assim, servir de meio auxiliar na fiscalização e na execução das penas e medidas de segurança”.

As autoridades policiais civis e militares dos estabelecimentos carcerários e penais da  Comarca de Buriti deverão prestar o necessário apoio e colaboração ao Conselho da Comunidade, no exercício de suas funções. A organização e o funcionamento do Conselho da Comunidade serão regulados em Estatuto, aprovado por aclamação em Assembleia Geral e homologado pelo juiz da execução penal da comarca.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça

Judiciário de Paulo Ramos realiza duas sessões do Tribunal do Júri





O juiz Francisco Crisanto de Moura, titular da Comarca de Paulo Ramos, presidiu nesta semana duas sessões do Tribunal do Júri na unidade judicial. No banco dos réus, Clodomir de Araújo Nascimento, julgado no dia 9 de abril. Ele estava sendo acusado de, em março de 2006, em Marajá do Sena, ter matado Francemilson Lucena dos Santos. Ao final da sessão, o Conselho de Sentença decidiu pela absolvição de Clodomir, acatando a tese de legítima defesa.

Sobre o caso, foi apurado que, na data citada, em um bar na localidade Chapada do Olímpio, o denunciado teria ceifado a vida de Francemilson, mediante o uso de uma faca. Ambos estavam ingerindo bebida alcoólica, quando teve início uma discussão entre o irmão do denunciado e a vítima, inclusive com agressões mútuas. Em certo momento, Clodomir teria se armado com a faca e atingido Francemílson com alguns golpes, levando-o a óbito.

SEGUNDA SESSÃO

No segundo júri, realizado no dia 10 de abril, o réu foi Romário Magalhães dos Santos, julgado sob acusação de prática de crime de tentativa de feminicídio, que teve como vítima Luzenira da Silva Sousa, sua ex-companheira. Ao final, o Conselho de Sentença decidiu pela desclassificação para crime de lesão corporal. Em sentença, o magistrado destacou a extinção da punibilidade.

Conforme narrado na denúncia, Romário teria cometido os crime de lesão corporal e ameaça de morte contra sua ex-companheira, bem como falsidade ideológica contra o Estado. Foi apurado através de depoimentos de testemunhas, que o denunciado há um certo tempo apresentava perfil agressivo e, com suas atitudes, ameaçava, inclusive de morte, a sua ex-companheira, caso esta não permanecesse em sua companhia. Luzenira informou que a última agressão ocorreu no dia 02 de setembro de 2017.

EMPENHO

“A Vara Única da Comarca de Paulo Ramos alcançou um importante marco na atuação do Tribunal do Júri, com a realização de 39 sessões de julgamento, entre os anos de 2021 e 2025. A ação representa significativo avanço no cumprimento das Metas Nacionais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), especialmente a Meta 2, que busca julgar processos mais antigos, e reflete o empenho da unidade jurisdicional, mesmo diante da ausência de promotor titular desde agosto de 2020”, pontuou o juiz.

O magistrado destacou que a sessão de julgamento mais antiga registrada foi a de um processo do ano de 1998, julgado em 25 de outubro de 2023. “Isso demonstra o compromisso da unidade com a redução do acervo de processos antigos. Essas ações reforçam a atuação proativa da unidade judiciária de Paulo Ramos na garantia da prestação jurisdicional célere e efetiva, colaborando diretamente para o alcance dos indicadores estabelecidos pelo Tribunal de Justiça do Maranhão e pelo Conselho Nacional de Justiça”, finalizou.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça

TJMA instala Pontos de Inclusão Digital em quilombo e povoado de Codó

 


Com a ampliação, o Tribunal de Justiça totaliza 124 salas de acesso virtual disponibilizadas estrategicamente em todas as regiões do Maranhão

O Poder Judiciário do Maranhão, em parceria com a Prefeitura Municipal de Codó, promoveu nos dias 9 e 10 de abril a instalação de dois novos Pontos de Inclusão Digital (PID’s) do programa “Justiça de Todos” na zona rural do município. A iniciativa beneficia diretamente o Quilombo de Santo Antônio dos Pretos, situado às margens da rodovia MA-026, e o povoado de Boa Vista do Procópio, acessado por meio de uma estrada de terra.

Com a ampliação, o Tribunal de Justiça totaliza 124 salas de acesso virtual disponibilizadas estrategicamente em todas as regiões do estado. Codó, que não possui cidade termo judiciário, passa a ser o município com o maior número de PID´s instalados na zona rural. Além dos recém-inaugurados pontos em Santo Antônio dos Pretos, e Boa Vista do Procópio, a localidade também conta com o PID do povoado Cajazeiras, em operação desde julho de 2022. Para viabilização dos PID´s, o TJMA firma parceria com as prefeituras, que cedem o espaço físico, internet e um facilitador, treinado pelo Poder Judiciário para dar suporte técnico e atendimento a quem precisar acessar os sistemas.

Em Santo Antônio dos Pretos, o presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, enalteceu os propósitos do programa Justiça de Todos, que busca alcançar as pessoas que moram em localidades distantes dos centros urbanos, e de cidades que não possuem fórum judicial. “Não existe justiça sem acesso à Justiça. A ausência ou dificuldade de acesso ao Poder Judiciário, Sistema de Justiça e seus serviços, é a maior injustiça que pode ocorrer”, pontuou.

Presidente TJMA ressalta objetivos e metas do programa Justiça de Todos

O presidente do TJMA destacou os benefícios que o ponto digital passa a oferecer à população, como a participação em audiências e sessões do Tribunal do Júri, consulta processual por meio do Balcão Virtual, que permite contato direto com qualquer unidade judiciária do estado ou do Brasil, além do pedido de Medida Protetiva de Urgência para mulheres em situação de violência. O serviço também facilita a comunicação com juízes, promotores, delegados e até com autoridades municipais.

Realizei a sessão plenária do Tribunal de Justiça aqui em Codó, utilizando este mesmo recurso tecnológico que agora está à disposição de todos vocês. Para ampliar ainda mais a lista de serviços, estamos em diálogo com o INSS para firmar um termo de cooperação que permitirá a realização da prova de vida diretamente nas nossas salas da justiça. Assim, moradores de localidades distantes, como vocês, não precisarão gastar a renda familiar e tempo para fazer esse procedimento em agências do INSS ou bancárias”, anunciou o presidente do TJMA.

O prefeito de Codó, Francisco Oliveira, reforçou que o município compartilha dos mesmos ideais do Tribunal de Justiça e destacou os benefícios da parceria: “É um dia histórico para a nossa cidade. Além de oferecer diversos serviços em parceria com o TJMA, estas ações representam uma melhoria significativa na qualidade de vida do nosso povo.”

Comunidade de Boa Vista do Procópio comemora chegada do Ponto de Inclusão Digital

Em Boa Vista do Procópio a juíza auxiliar da Presidência do TJMA e coordenadora do programa Justiça de Todos, Tereza Nina, destacou que os PID’s já realizaram mais de 10 mil atendimentos em todo o Maranhão, comprovando a efetividade da iniciativa."Esses pontos foram projetados para garantir acesso à Justiça aos moradores locais de Santo Antônio dos Pretos, Boa Vista do Procópio e mais de 20 comunidades próximas. Eles atendem duas regiões geograficamente distantes, separadas por mais de 100 km, tendo a sede urbana de Codó como ponto central. É uma grande satisfação para o Poder Judiciário poder estar mais próximo e acessível à população da zona rural do município", afirmou.

Autoridades concluem teste de conexão do PID de Boa Vista do Procópio com o balcão virtual da 3ª vara de Codó

A solenidade de instalação dos PID’s contou com a presença do deputado estadual e ex-prefeito de Codó, Francisco Nagib; da juíza diretora do Fórum de Codó, Flávia Barçante; da promotora de Justiça da 3ª Promotoria de Justiça de Codó, Valéria Chaib; do ex-prefeito de Codó, Zito Rolim; do presidente da Câmara Municipal, vereador Roberto Cobel; do advogado Clério Guerra Filho, representando a OAB Subseção Codó; e do secretário municipal de Meio Ambiente, Ferdinando Rocha; além de vereadores, secretários municipais e líderes comunitários das regiões beneficiadas.

Clique aqui e confira a lista com todos os PID´s em funcionamento no Maranhão.

Clique e acesse o álbum de imagens do fotógrafo Ribamar Pinheiro/TJMA.

Mutirão PopRuaJud atende pessoas em situação de rua em Caxias

 


Ação do Judiciário tem parceria com órgãos federais, estaduais, municipais e movimentos sociais

Um importante ato de fortalecimento da inclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade em Caxias. Em parceria com diversos órgãos e entidades, o Poder Judiciário promoveu nesta quinta-feira (10/4), mais uma edição do mutirão PopRuaJud, oferecendo serviços de saúde, higiene, cidadania e documentação, com o objetivo de garantir a aplicação da Política Nacional de Atenção a Pessoas em Situação de Rua (Resolução N° 425/2021 do CNJ) em âmbito estadual.

Desde as primeiras horas da manhã, pessoas em situação de rua, de vulnerabilidade social e comunidade em geral de Caxias compareceram ao Ginásio de Esportes João Castelo, onde foi montada estrutura para a disponibilização dos serviços oferecidos pelo Tribunal de Justiça (TJMA), Corregedoria do Foro Extrajudicial (Cogex), Cartório Extrajudicial, Unidade de Monitoramento Carcerário (UMF/TJMA), Defensoria Pública Estadual, Ministério Público Estadual, TRE/MA, Caixa Econômica, Viva Procon, Instituto de Identificação (IDENT), Secretarias municipais de Caxias, Rotary Club, Faculdade Anhanguera, CentroPop, Consultório na Rua e Escritório Social de Caxias.

A imagem mostra um espaço amplo, como um ginásio ou centro comunitário, onde está acontecendo um evento público. Há várias mesas organizadas, com pessoas sentadas trabalhando em laptops, aparentemente ajudando outros participantes. Muitas outras pessoas estão de pé ou sentadas em cadeiras, esperando ou conversando. O ambiente parece estruturado e organizado, com um número significativo de participantes.O evento parece estar focado em fornecer serviços ou informações à comunidade, dado o uso de computadores e papéis. A atmosfera sugere colaboração e interação social.

Há seis anos em situação de rua, o pintor Francisco Soares Menezes foi um dos beneficiados pela ação em Caxias, onde emitiu a segunda via da certidão de nascimento e da Carteira de Trabalho. Ele relatou as dificuldades enfrentadas pela situação de vulnerabilidade, e destacou a ajuda com as iniciativas do poder público. “Para nós que vivemos nessa situação é difícil, mas é de grande importância para nós podermos legalizar nossos documentos e poder trabalhar, porque sem os documentos a gente não consegue emprego”, declarou.

Natural de Afonso Cunha e há oito meses em situação de rua, Kelson Donis, de 32 anos, foi outro beneficiado pela ação.

É uma grande oportunidade, quando eu soube, a primeira coisa que fiz foi vir atrás. Já cortei o cabelo, já tirei a certidão de nascimento, vou tirar o RG. Agora a pessoa se torna um cidadão. Porque sem documento você não é nada”, avaliou.

A ação em Caxias contou com a presença do presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, que destacou que a ação objetiva ir ao encontro da população que precisa da justiça social, levar os serviços do Poder Judiciário e agregar serviços de outras instituições.

Com essa ação, cuidamos daquelas pessoas que mais precisam e necessitam desse apoio para continuarem a vida e terem nova perspectiva de vida, temos casos de pessoas que saíram da situação de rua, e esse é o ideário, que tenham acesso a higiene, vacinas, documentos e perspectiva de voltar a vida social e conseguir emprego”, pontuou.

A imagem mostra três pessoas em pé juntas em um ambiente público.A pessoa à esquerda está usando uma blusa preta sem mangas e um colar com um pingente em forma de coração.A pessoa ao centro veste uma camiseta branca com a frase "PLANTANDO MILAGRES NA ESCOLA" e uma imagem de mãos segurando uma planta.A pessoa à direita veste uma camiseta azul com a frase "CENTRO DE RECUPERAÇÃO UNIDOS EM UM SÓ PROPÓSITO" e está segurando um documento.Ao fundo, pode-se ver várias pessoas sentadas em cadeiras e uma área cercada, sugerindo que é um evento comunitário ou social, possivelmente relacionado a programas de educação ou recuperação. Parece ser um momento de união e propósito.

A juíza coordenadora nacional do PopRuaJud (CNJ), Luciana Ortiz, que participa dos mutirões na região dos Cocais, falou que a política do Judiciário busca levar às pessoas em situação de rua os direitos que lhes são negados, com a parceria entre os órgãos públicos, organizações sociais e movimento social, vencendo as burocracias e entregando os serviços de imediato. “Quando todas as portas foram fechadas, o Judiciário precisa abri-las. E por isso que o Conselho Nacional de Justiça, desde 2021, desenvolveu essa política, trazendo uma nova perspectiva da rede interinstitucional”, informou.

O juiz coordenador do PopRuaJud, Douglas de Melo Martins, destacou o quantitativo de pessoas em situação rua e de invisibilidade social e a importância do movimento conjunto das instituições para garantir direitos a essa população, a quem são negados direitos como moradia, saúde, educação e segurança, resultando em exclusão social. “Aqui estamos fazendo os serviços de documentação e saúde. “Precisamos levar essas pessoas para tratamento, afastá-las das drogas, capacitação e a inserção no mercado de trabalho, fazendo isso a consequência é uma sociedade melhor para todos, inclusive com menos criminalidade”, destacou.

O coordenador das ações em Caxias, juiz Jorge Leite, frisou que Caxias tem 73 pessoas registradas em situação de rua, destacando que o objetivo também é promover uma busca ativa para identificar pessoas não cadastradas. “É um grande momento hoje com atendimentos voltados para atenção da saúde, médicos, nutricionistas, serviços eleitorais, registro civil, um conjunto de ações voltadas à dignidade dessas pessoas”, enfatizou.

A imagem mostra três pessoas em pé juntas em um ambiente público.A pessoa à esquerda está usando uma blusa preta sem mangas e um colar com um pingente em forma de coração.A pessoa ao centro veste uma camiseta branca com a frase "PLANTANDO MILAGRES NA ESCOLA" e uma imagem de mãos segurando uma planta.A pessoa à direita veste uma camiseta azul com a frase "CENTRO DE RECUPERAÇÃO UNIDOS EM UM SÓ PROPÓSITO" e está segurando um documento.Ao fundo, pode-se ver várias pessoas sentadas em cadeiras e uma área cercada, sugerindo que é um evento comunitário ou social, possivelmente relacionado a programas de educação ou recuperação. Parece ser um momento de união e propósito


Mais de 30 municípios aderem ao programa de Regularização Fundiária do TJMA na próxima segunda, 14/4

 




Na próxima segunda-feira (14/4), o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) promove solenidade de assinatura para adesão de 32 prefeituras do Maranhão ao Programa Registro para Todos, no âmbito do Termo de Cooperação Técnica nº 0031/2022, firmado entre o TJMA e o Governo do Maranhão, para execução de amplo programa de regularização fundiária no Estado, como política pública de garantia de desenvolvimento humano e pacificação de conflitos de terra.

O evento acontecerá na Sala das Sessões Plenárias do TJMA, às 15h, com a participação do presidente do TJ, desembargador Froz Sobrinho; do corregedor-geral do Foro Extrajudicial, desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos, e representantes dos municípios.

O evento integra as ações institucionais voltadas à Regularização Fundiária de Interesse Social (Reurb-S) e objetiva fortalecer a política pública de governança fundiária e da promoção do direito à moradia.

SERVIÇO

O QUÊ: Solenidade de assinatura por 32 prefeituras a Termo de Adesão ao programa Registro para Todos do TJMA

QUANDO: 14 de abril, 15h

ONDE: Sala das Sessões Plenárias do TJMA (Praça Pedro II, s/n°, Centro)


Justiça em Governador Nunes Freire julga processo mais antigo da comarca


 O Poder Judiciário de Governador Nunes Freire julgou nesta quinta-feira (10) o processo que tramitava há mais tempo na comarca, datado de 2008. Era uma ação de indenização por danos morais cumulada com pedido de pensão vitalícia, ajuizada por um homem em face do Município de Governador Nunes Freire. Ao final, o juiz Adriano César Oliveira Nóbrega decidiu pela procedência parcial dos pedidos, condenando o réu ao pagamento de indenização por danos morais e de pensão vitalícia mensal.

Na ação, o autor narrou que, em 06 de maio de 2006, foi submetido a um procedimento cirúrgico de apendicectomia no Hospital Municipal de Governador Nunes Freire. Sustentou que, em decorrência de suposto erro médico ocorrido durante o procedimento, possivelmente relacionado à anestesia aplicada, desenvolveu quadro de paraplegia não traumática, condição que o incapacitou permanentemente para o trabalho e para as atividades da vida diária.

Ele afirmou ter buscado tratamento em instituições especializadas, como a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação e o Instituto do Cérebro, cujos laudos atestariam a condição e suas sequelas. O autor alegou que a conduta negligente dos agentes públicos municipais causou-lhe danos de ordem moral, material e incapacidade laboral permanente. O Município manifestou-se no processo, informando a impossibilidade de apresentar o prontuário médico do autor referente ao ano de 2006, alegando a antiguidade dos fatos, mudanças na gestão hospitalar e ausência de estrutura adequada para arquivamento de documentos à época.

Durante a instrução processual, determinou-se a realização de perícia médica para aferir o nexo de causalidade entre o procedimento cirúrgico e a paraplegia do autor. Foram nomeados peritos nas áreas de anestesiologia e neurologia, indicados pelo Conselho Regional de Medicina. Contudo, ambos os profissionais declinaram do encargo, um por questões pessoais e de agenda, e outro por alegada falta de qualificação técnica específica para o caso, inviabilizando a produção da prova pericial. Foi realizada uma audiência de conciliação em 18 de novembro de 2024, mas as partes não chegaram a um acordo.

Para a Justiça, a controvérsia central residiu na existência de nexo de causalidade entre o procedimento cirúrgico realizado nas dependências do hospital municipal e a condição de paraplegia que acomete o autor, bem como na responsabilidade do Município de Governador Nunes Freire pelos danos decorrentes. “A responsabilidade civil do Estado (incluindo os Municípios) por atos de seus agentes é, em regra, objetiva, conforme preceitua a Constituição Federal (...) No caso concreto, o autor alega ter sido vítima de erro médico durante cirurgia realizada em hospital público municipal por equipe médica vinculada ao Município réu (...) Trata-se, portanto, de apuração de responsabilidade civil do ente público por suposto ato ilícito praticado por seus agentes na prestação de serviço de saúde”, observou o magistrado.

E pontuou: “Nesse cenário, a análise do nexo causal (elo que liga uma conduta de um agente com o resultado do dano causado) deve se basear nos demais elementos probatórios constantes dos autos, ponderados com os efeitos da revelia do Município réu. Nesse contexto, a prova pericial, embora desejável, não se mostra imprescindível para a solução do caso, haja vista a solidez das provas existentes”, frisando que a conduta do Município em não apresentar o prontuário médico do autor referente à cirurgia de 2006, sob a justificativa de dificuldades administrativas e de arquivamento, deve ser interpretada em seu desfavor.

DANOS AO PROJETO DE VIDA

Os danos ao projeto de vida, que é a perda ou o grave prejuízo de oportunidades de desenvolvimento pessoal, de forma irreparável ou muito dificilmente reparável, são autônomos em relação aos danos morais. “No entanto, a sua compreensão serve, em conjunto com as demais especificidades desse caso, para constatar que as lesões ocasionadas pelo réu ao autor vão além do parâmetro médio da primeira fase da fixação do valor acima indicado”.

“Considerando as particularidades do caso, em especial, a gravidade extrema do dano, natureza do bem jurídico violado, extensão e duração dos efeitos da lesão, capacidade social e econômica das partes, os parâmetros usualmente adotados pela jurisprudência em casos de lesões graves decorrentes de erro médico e as limitações ao projeto de vida impostas a Edson Lopes Ferreira, majoro a indenização por danos morais para R$ 200.000,00 (...) O valor fixado em definitivo busca reparar, apesar de impossível, o sofrimento incomensurável causado pela parte ré ao autor, sem gerar enriquecimento ilícito e servir como desestímulo a futuras falhas na prestação de serviços de saúde pelo Município”, finalizou.

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Corregedoria Geral da Justiça