Mostrando postagens com marcador #Cepa#Coronavírus#Covid-19#Vacinação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Cepa#Coronavírus#Covid-19#Vacinação. Mostrar todas as postagens

Postado em: 19 de maio de 2021 | Por: Ezequiel Neves

“Os casos estão subindo para uma terceira onda da pandemia”, diz Carlos Lula



O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, alertou que o Maranhão está em subida para a terceira onda, com o aumento de internações nos hospitais. Durante entrevista para o Bom Dia Maranhão, nesta quarta-feira (19), Carlos Lula disse que no último sábado (15), por exemplo, 60 pessoas foram internadas somente na capital e, nesta terça-feira (18), foram mais 40.

“Esses números mostram a falsa sensação que o pior tinha passado. Não quero ser o profeta das notícias ruins, mas estamos em uma subida para a terceira onda. Se isso continuar, iremos chegar rapidamente aos 100% de ocupação de leitos e a doença continua circulando de forma intensa”, destacou.

Questionado sobre a liberação de eventos neste momento, Carlos Lula pediu cuidado para população e ressaltou que as decisões não dependem somente da Secretaria de Saúde. “As decisões são baseadas, também, nas questões econômicas e sociais. Os donos de bares não tinham mais o que fazer, é uma decisão difícil, é preciso ter cautela e retomar as atividades aos poucos. É necessário e indispensável o uso da máscara”, disse Carlos Lula.

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), a capital maranhense apresenta taxa de ocupação dos leitos de UTI de 96,7%. Dos 30 leitos disponíveis, 29 estão ocupados. Já os leitos clínicos, a taxa de ocupação é de 38 dos 90 leitos disponíveis, que significa 42,3%.

Navio em quarentena

Em relação ao navio atracado a aproximadamente 35 km da orla e a confirmação de 15 pessoas contaminados com a Covid-19, o secretário pediu calma para a população. O acesso das equipes está sendo realizado apenas por transporte aéreo e a SES está tomado todos os cuidados e prevenção.

“Queremos esclarecer para que as pessoas não fiquem com receio. Todos que vão até o navio não retornam ao local de trabalho. O navio só será liberado quando todos apresentarem resultado negativo e com a certeza que nenhum esteja transmitindo o vírus”, frisou.

Na próxima sexta-feira (21), sairá o resultado dos testes para confirmação de qual cepa os tripulantes estão contaminados. Após uma semana, todos eles passarão por uma nova bateria de testes.

Vacinação

O secretário finalizou a entrevista falando que nos próximos dias terá uma lentidão no processo de vacinação em todo o país, devido ao atraso das chegadas de insumos e também a deficiência com os kits de intubação.

“O Kit intubação não está resolvido, melhorou, mas a indústria brasileira ainda nãoconsegue entregar na medida que a gente precisa. Uma terceira onda pode levar a um cenário muito difícil, pois ainda não esvaziamos os hospitais como na primeira vez”, finalizou. 

(MA 10)

Veja o vídeo:

Postado em: 18 de maio de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Carlos Lula diz que é improvável que seja cepa indiana



Na manhã desta terça-feira (18), o Secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, em entrevista ao radialista Jorge Aragão, no programa Ponto Final, na Rádio Mirante AM, explicou a situação dos tripulantes indianos diagnosticados com a covid-19.

Carlos Lula afirmou que todos os 24 tripulantes são indianos e 15 testaram positivo para o coronavírus, mas destacou que é improvável que eles estejam infectados com a variante indiana.

“15 tripulantes testaram positivo, mas eu quero tranquilizar a população. É improvável que a gente tenha a cepa indiana com os tripulantes desse navio, porque o navio é chinês, ele saiu da Malásia, embarcou a tripulação na África do Sul. Toda tripulação é indiana, são 24 tripulantes, mas eles embarcaram na África do Sul no final do mês de abril, então a gente já está aqui em meados do mês de maio, é improvável que a gente tenha a cepa indiana”, disse Carlos Lula.

O Secretário de Saúde disse que aguarda para essa semana o resultado do exame que vai identificar a variante do vírus. Carlos Lula acredita que o tripulantes foram infectados na África do Sul.

“Provavelmente na África do Sul ou no navio. É mais provável que alguém estava assintomático e transmitiu essa doença para os demais no âmbito do navio. Mas a gente não pode descartar, por isso o estudo está sendo feito e a gente já mandou para o Instituto Evandro Chagas. A gente espera que nessa semana ainda a gente tenha a variante que de fato tá circulando no navio”, acrescentou.

Carlos Lula fez questão de pontuar que todos os tripulantes estão isolados, e que eles sequer chegaram a ter contato com o solo, uma vez que o navio está parado a quilômetros de distância da costa.

“A gente testou todo mundo, tá todo mundo isolado, ninguém teve contato com o solo, importante dizer isso, o navio continua a quilômetros de distância da costa, a gente só acessa o navio por helicóptero. Dos três (internados), a gente tem dois que já devem ter alta hoje, eles estão bem, só não retornaram ontem para o navio porque já era noite, então não tinha como retornar, por isso eles ficaram em observação no hospital. E a gente tem o primeiro deles, ele não tá entubado, ele tem evoluído bem. Então a gente acredita também que ele deve evoluir favoravelmente”, explicou o secretário.

Rádio Mirante AM

Postado em: 16 de maio de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Covid-19: Mais dois tripulantes de navio fundeado na Baía de São Marcos estão sintomáticos e serão internados em São Luís




A tripulação do navio “MV Shandong da Zhi” passou por uma avaliação clínica, neste domingo (16), por uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foram coletadas amostras para diagnóstico da Covid-19 e investigação epidemiológica dos casos suspeitos.

Segundo nota da SES, toda a tripulação foi colocada em quarentena e isolada em cabines individuais na embarcação. O navio permanece em alto mar, na área de fundeio, e não chegou a atracar no porto, em São Luís.

No total, 23 amostras do tipo PCR foram coletadas, sendo 21 de pessoas assintomáticas e duas de pessoas sintomáticas. As amostras foram encaminhadas ao LACEN, em São Luís, e para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, que fará o sequenciamento genético.

Foram constatados que dois tripulantes estão sintomáticos e serão transferidos para unidades de saúde para acompanhamento médico. O primeiro tripulante a testar positivo segue internado em hospital da rede privada.

Leia a íntegra da nota da SES






Postado em: 28 de abril de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Covid-19: entenda a importância da vacinação para conter o surgimento de novas cepas



Recentemente cientistas detectaram uma nova cepa do coronavírus em um paciente de Sorocaba, no interior de São Paulo. Segundo os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), a variante de linhagem sul-africana possui maior capacidade de driblar o sistema imunológico dos indivíduos infectados e as vacinas já desenvolvidas possuem baixa efetividade contra ela.

Com poucas medidas restritivas e lenta cobertura vacinal, o Brasil pode se tornar o berço de novas variantes do coronavírus, como afirma o epidemiologista e coordenador da Sala de Situação da Universidade de Brasília (UnB), Jonas Brant. 

“Essa é a grande cobrança que o mundo vem fazendo das estratégias de enfrentamento do Brasil. Porque hoje o Brasil se tornou o país com a maior transmissão do mundo e podemos ser o celeiro de uma nova variante – que pode surgir a qualquer momento – que escape da vacina”, comenta.

Quais cepas do coronavírus circulam pelo Brasil?

O que são as novas cepas do coronavírus?

O professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Domingos Alves, critica a falta de protocolos e medidas sanitárias para conter a disseminação do coronavírus dentro do território nacional.

“O Brasil nunca teve um programa para conter a disseminação do vírus. Quando se fala hoje que a cepa de Manaus tem uma prevalência acima de 80% no país, é porque nunca foram tomadas medidas para contenção da disseminação dessa cepa, dentro do próprio país.” 

A epidemiologista da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria Rita Donalisio, explica que o Brasil é um terreno propício para que as mutações convirjam entre si e gerem novas cepas mais resistentes.

“É um terreno fértil: grande circulação de pessoas, pouca testagem, poucas estratégias de prevenção. Com muitos casos [da doença] a gente aumenta a possibilidade desses erros de codificação genética, dando chance para as mutações. O grande risco é o vírus mutante driblar a imunidade do indivíduo”, explica.

Vacinação

Domingos Alves explica que a vacinação induz a uma proteção coletiva contra o coronavírus, diminuindo a possibilidade de criação de novas cepas.
“A vacina propriamente dita não tem como interromper o ciclo de criação de novas cepas. O fato de você ter uma grande parcela da população vacinada, interrompe um ciclo de infecção do coronavírus e diminui a possibilidade desse vírus de criar mutações”, esclarece.

Até a última terça-feira (27), o Brasil já havia distribuído 57.966.218 doses de vacinas contra a Covid-19 aos estados. Dessas, 39.348 já foram aplicadas. Os números podem ser conferidos no site Localiza SUS.

Arte - Brasil 61

A epidemiologista Maria Rita Donalisio, afirma que quem já teve Covid-19 deve se vacinar. “Muitas vezes uma primeira exposição ao vírus não é suficiente para proteger o indivíduo de uma segunda infecção. Principalmente se for uma variante. Nós não sabemos ainda quanto tempo dura a imunidade; quem já se contaminou, quanto tempo vai durar aquela infecção. São temas que necessitam de estudos”, ressalta.

A especialista ressalta que existe a possiblidade da vacina contra a Covid-19 ser aplicada anualmente, como já acontece com a Influenza. Nesse caso, a comunidade de saúde se reúne todos os anos para analisar a cepa predominante e, com isso, definem a melhor vacina a ser aplicada na população.

Covid-19: evolução da vacinação depende da eficácia do Programa Nacional de Imunização, diz Queiroga

Reinfecção

Segundo Donalisio, uma pessoa que já se contaminou com o coronavírus pode ser reinfectada. “Alguns estudos têm demonstrado que as reinfecções podem ser mais frequentes do que nós suponhamos, até com sintomas mais graves. Porque não foi possível construir uma memória imunológica suficiente, na primeira infecção, para proteger [o indivíduo] de uma segunda infecção”, explica. 

O professor Domingos Alves comenta que mesmo depois de vacinado, o indivíduo pode se infectar novamente com o coronavírus, mas – se imunizado – não irá desenvolver um quadro grave da doença.

“Se você, sem vacina, tem um quadro de reinfecção, ela pode ser mais grave. Você pode ter tido uma primeira infecção, sem sofrer internação, e na segunda sofre até uma internação mais grave. A probabilidade, com a Coronavac, é 100% de chance de não ter um caso grave”, explica.

No Brasil, há poucos dados sobre reinfecção, já que para determinar se houve duplo contágio é necessário fazer um sequenciamento genético do vírus na primeira e na segunda infecção. Também deve haver um espaço de pelo menos três meses entre elas.

Vacinas desenvolvidas

Por enquanto, as vacinas desenvolvidas ainda são capazes de proteger contra as novas variantes do coronavírus. “Os ensaios clínicos que temos sobre a eficácia das vacinas disponíveis no Brasil mostram que a Coronavac e a AstraZeneca têm eficácia, principalmente, contra casos graves e mortes por Covid-19”, afirma a epidemiologista Maria Rita Donalisio.

Em alguns estudos com variantes de preocupação, como a B.1.1.7 (Reino Unido), as vacinas testadas se mostraram eficazes, especialmente a AstraZeneca. Apesar de diminuir um pouco a resposta imunológica, a eficácia foi suficiente para evitar casos graves e mortes pela Covid-19.

No caso da cepa da B.1.351 (África do Sul), a resposta foi um pouco menor; mesmo assim os pesquisadores afirmam que as vacinas ainda são competentes para impedir estágios avançados da doença.

Já contra a variante P.1 (Manaus), alguns estudos – apesar de precoces – mostram que o grupo de vacinados, tanto pela Coronavac, quanto pela AstraZeneca, estão protegidos da Covid-19.

O professor da USP, Domingos Alves, adverte que os estudos ainda são preliminares. “Esses estudos precisam ser mais abrangentes. À medida que for se vacinando as pessoas, [deve-se] observar se essas vacinas foram contundentes contra as cepas que estão aparecendo”, ressalta.

Medidas de prevenção

Além da vacinação, o epidemiologista Jonas Brant, afirma que as medidas de prevenção para as novas cepas do coronavírus continuam as mesmas: uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações, higienizar as mãos etc. Ele também recomenda reforçar a filtragem das máscaras.

“Nesse momento em que a probabilidade de entrar em contato com pessoas com vírus é cada vez maior, o uso da máscara de pano deve ser substituído pela máscara cirúrgica, por baixo da máscara de pano, ou pela máscara N95 ou PFF2. O uso de filtragens melhores pode garantir maior proteção.”