Biografia
Dr. Raimundo Cutrim nasceu em 08 de outubro de 1953, filho de Raimundo Fidelis Cutrim e Maria de Nazaré Soares Cutrim. Ingressou na Universidade Federal do Maranhão em 1977, no curso de bacharelado em Direito, tendo concluído a graduação na Universidade Federal do Pará, em 1982. Foi nomeado para o cargo de agente de Polícia Federal, no ano de 1981.
Genocídio dos Índios Yanomami!
No dia 18.08.93, o Massacre de Haximu virou manchete nos jornais do Brasil e do Mundo. A cobertura jornalística e a corrida dos profissionais de imprensa à Roraima foi iniciada, acompanhada de muita confusão. A maioria das matérias e reportagens veiculada pelos jornais e tv’s estava baseada em fatos e informações sem comprovação e distorciam o fato ocorrido, principalmente em relação ao número de vítimas. Nessa ocasião, os locais do crime nem sequer haviam sido submetidos a uma investigação mais adequada. Funcionários da Funai, pressionados pela mídia e pelo governo, davam depoimentos irresponsáveis e completamente descabidos de veracidade, a partir de boatos e comentários. A mídia nacional e estrangeira chegou a divulgar que o total de mortos teria sido de mais de uma centena de Yanomami.
Em 25.08.93, a CCPY noticiou que 69 sobreviventes haviam chegado ao posto de atendimento no Toototobi, entre eles quatro feridos com marcas de chumbo, sendo duas meninas (de sete e seis anos) e dois homens (de vinte e dezoito anos).
Os sobreviventes relataram que os garimpeiros atacaram os índios pela primeira vez, em meados de junho, quando quatro homens adultos foram mortos à bala. Algum tempo depois, disseram que vingaram-se, matando dois garimpeiros. Por volta dos dias 22 e 23 de julho, perto do meio-dia, os garimpeiros cercaram os três lados de uma maloca indígena próxima a uma roça abandonada, onde um grupo de Yanomami ali acampado havia saído para buscar pupunha na parte baixa do rio Hwaximeu.
Pela primeira vez na história dos tribunais brasileiros, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) , reconheceu a ocorrência de crime de genocídio pelas mortes decorrentes do conflito entre Yanomamis e garimpeiros que resultou na morte de 16 índios, e praticamente no extermínio da aldeia Haximu, em agosto de 1993. A decisão, proferida no último dia 12 de setembro, foi unânime e constitui um verdadeiro marco histórico na jurisprudência indigenista e criminal no Brasil. Assim, o STJ confirmou a sentença condenatória do juiz federal de Roraima, garantindo a condenação dos garimpeiros responsáveis pelo crime de genocídio.
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