Das 10.182 mortes por Covid-19 no Maranhão, segundo o Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgado no último domingo, 8.149 correspondem a pessoas que tinham comorbidades. Metade diz respeito àquelas com diagnóstico de hipertensão arterial (5.092) e 3.492 de diabetes melittus. Os óbitos também estão relacionados a pacientes que apresentavam doenças renais crônicas, obesidade, problemas neurológicos, cardiopatia, entre outros.
Segundo o médico infectologista Bernardo Wittlin, do Hospital Universitário Presidente Dutra, os hipertensos estão no grupo de risco para a Covid-19, principalmente aquelas com idade acima de 60 anos. Os dados do boletim, nesse sentido, mostram o que os médicos já alertavam desde o início da pandemia. Ele afirma que alguns pacientes hipertensos que contraíram Covid-19 precisarão de acompanhamento.
“No entanto, isso vai depender de cada caso, pois algumas pessoas têm sintomas leves como fadiga e perda de olfato. Já outras apresentam complicações e após ficarem curadas ainda precisarão de um acompanhamento”, frisa.
O médico explica que quem tem doenças crônicas está em maior risco de contraírem vírus que acometem os pulmões e sofrem mais com as complicações dessas infecções, com relação a alguns grupos de doenças. Para infectar as células, o Sars-Cov-2 utiliza a enzima conversora de angiotensina 2, chamada de ECA-2, presente nas células de pulmão, rins e outros órgãos. E alguns remédios usados pelos hipertensos elevam o nível dessas enzimas.
Bernardo Wittlin enfatiza que a hipertensão arterial é uma doença crônica e degenerativa caracterizada por elevados níveis da pressão sanguínea. Ela ocorre quando existe uma dificuldade na circulação do sangue entre os vasos, fazendo com que o coração precise bater mais rápido para que o sangue circule por todo o corpo. Ela é muitas vezes acompanhada por outras alterações como obesidade e colesterol elevado.
O Boletim da SES mostra, também, que os números confirmados da doença no Maranhão já chegam a 356702, sendo que as pessoas mais acometidas estão na faixa etária de 30 a 39 anos. A taxa de ocupação de leitos de UTI na Grande Ilha, conforme o Boletim, está em 13,33%, e de leitos clínicos, em 22,22%.
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