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Postado em: 29 de junho de 2021 | Por: Ezequiel Neves

Bispo Vanderley Santiago, irmão do apóstolo Valdemiro, morre de Covid-19 em SP



O bispo Vanderley Santiago, de 53 anos, morreu de Covid-19, nesta segunda-feira (28), em São Carlos (SP). Ele era irmão do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, que chegou a vender sementes de feijão sob o argumento de que teriam eficácia terapêutica para a cura da doença — o que não é verdade (leia mais sobre isso ao fim da reportagem).

De acordo com informações da prefeitura, Vanderley procurou atendimento no Centro de Triagem do Ginásio Milton Olaio Filho, local conhecido como "covidário", e, posteriormente, foi transferido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Santa Felícia, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Ainda segundo a prefeitura, ele estava positivo para a Covid-19 e já havia tomado a primeira dose da vacina em 16 de junho. O corpo será enterrado nesta terça-feira (29), às 14h30, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

No vídeo abaixo, saiba sobre a importância de continuar usando máscara e mantendo os cuidados necessários para evitar disseminação e contágio mesmo após a vacina:

O G1 não conseguiu localizar a família do bispo. A Igreja Mundial do Poder de Deus foi procurada e informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

'Feijão mágico'

O apóstolo Valdemiro Santiago vendia sementes que ele afirmava curar a Covid por valores entre R$ 100 a R$ 1 mil — mas a terapia não funciona nem tem nenhum respaldo científico.

O Ministério Público Federal (MPF) investiga indícios de estelionato por parte do pastor nos vídeos disponibilizados incentivando fiéis a plantar as sementes por ele comercializadas. Na ação, o MPF afirma que os feijões não curam e são propaganda "enganosa".

Veja o que é #FATO ou #FAKE sobre a Covid-19

Em outubro do ano passado, a Justiça determinou que o governo federal informasse no site do Ministério da Saúde se havia ou não eficácia comprovada das sementes de feijão no combate à doença. A determinação foi feita pela 2ª vez em janeiro deste ano.

Em maio do ano passado, a Igreja Mundial do Poder de Deus alegou que não se referia a venda de uma "promessa de cura", mas sim o início de um propósito com Deus".

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