RÁDIO NOVA UNIÃO FM 106.3MHZ

Postado em: 23 de abril de 2020 | Por: Ezequiel Neves

Jowberth Alves : "Defender a democracia é defender a vida"


Estamos numa situação de proteção à vida. Muita gente diz que é hora de deixar a política de lado e fazer uma grande união de combate à pandemia. Pois bem. Não sei qual seria a linha de limite entre política e vida. Não preciso ir longe para exemplificar esta questão.
 O que determina o percentual em saúde é a constituição, mas o investimento é feito através de políticas públicas, que dependem da vontade política do governante.
Quando um governo congela o investimento em saúde  por vinte anos está decidindo politicamente que o povo ficará mais vulnerável com o sucateamento do Sistema Único de Saúde.
Quero dizer e mostrar que política e preservação da vida numa sociedade caminham juntos.
Neste sentido, qualquer protesto contra a democracia segue a linha política de destruição da vida. É a política da morte, tal qual a política de sucateamento da saúde pública. Não sabem os bolsominos que uma pequena parcela da população é protegida pela saúde privada, têm planos de saúde. O SUS atende 80% da população brasileira, aproximadamente 150 milhões de pessoas, e é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, com suas falhas e tudo. Nesta pandemia qualquer desinformado ou ingênuo está vendo o povo pobre dos Estados Unidos morrer. Lá não existe SUS.
A defesa criminosa do fim da democracia é uma posição a favor da morte do povo necessitado. Nesta esteira política há uma intenção de destruir o serviço público, o Estado, que hoje é a única salvação do povo das periferias, favelas e morros deste país.
Não é o mercado que está atendendo os infectados pelo coronavírus.  A saúde privada só está atendendo quem tem dinheiro, muito dinheiro. Pobre precisa do SUS.  Se não funciona bem, é porque o mercado e seus políticos têm se empenhado para destruir o sistema público de saúde. 
Quem defende um outro AI-5 está defendendo o fim do Estado, da República e da Vida. Na democracia gritamos contra a opressão. Na ditadura a opressão nos arranca a voz, a dignidade e, por fim, a vida.

Jowberth Alves 
Sociólogo
Secretário de Trabalho e Economia Solidária

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