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Postado em: 27 de março de 2020 | Por: Ezequiel Neves

ALUNOS DE MEDICINA DA UFMA ENTRAM NA JUSTIÇA PARA COMBATEREM O CORONAVÍRUS



Em meio a pandemia do COVID19, sabe-se que é necessário força máxima dos profissionais de saúde. Porém, estudantes do 12º período de Medicina da Universidade Federal do Maranhão – UFMA encontram dificuldades em obter antecipação da colação de grau, tendo sido negado na última semana liminares pela 5ª vara da Justiça Federal do estado. 

Os alunos requerentes alegam já terem cumprido mais de 8.000 horas das 8.500h exigidas pela grade curricular obrigatória da instituição, muito além das 7.200 horas exigidas pelo Ministério da Educação (MEC). 
Nas últimas semanas, liminares em diversos estados do país reconheceram a necessidade de médicos e ajuizaram a favor dos estudantes tendo em vista à situação de exceção em que se encontra o Brasil.  Dentre elas, ressalta-se a ação interposta pelo Sindicato dos Médicos do Ceará recebendo parecer favorável para a colação de grau dos alunos da Universidade Federal do Ceará, na última terça (24), abrindo precedentes para matérias do mesmo cunho. 

Nota-se que a situação requer um caráter emergencial e o Ministério da Saúde foi taxativo em reconhecer não só a necessidade de médicos para atuarem na linha de frete do combate ao coronavírus como também nos outros setores da assistência em saúde que não serão paralisados e formarão um cinturão de contenção para que não haja um colapso do sistema de saúde. 
Tal condição fica mais evidente na fala do Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta em reunião com prefeitos no último domingo (22/03): “Vamos antecipar agora os meninos do sexto ano que faltam um ou dois meses para se formarem. Vamos acelerar. Esses meninos são jovens. Não tem experiência, mas podem fazer uma parte do atendimento. Tem 7,3 mil horas de capacitação. Façam uma imersão para eles” orientou o Ministro. 

Será que devemos esperar por mortes no estado para entendert que 500 horas a mais anulam os 6 anos de conhecimentos adquiridos? Nesta situação vale a pena deixar jovens médicos em casa enquanto a situação mundial ganha contornos calamitosos? Cabe a justiça e demais setores educacionais repensar as atitudes tomadas com aqueles que dedicaram anos da sua vida para defender o bem-estar social e neste momento encontram-se de mãos atadas. 

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