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Postado em: 22 de janeiro de 2020 | Por: Ezequiel Neves

Defesa quer examinar ossada de Tim Lopes e inocentar Elias

Tim Lopes Foto: Reprodução

Um grupo de advogados quer desarquivar o inquérito sobre a morte do jornalista Tim Lopes, que foi assassinado em junho de 2002. Segundo os criminalistas, Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, não foi o mandante do crime.



Elias foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão e cumpre pena na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ao portal UOL, a advogada Alexandra Oliveira Menezes apontou que casos como o dele costumam levar o dobro do tempo para serem julgados.
– Há detalhes do processo que não foram explorados. Vamos remexer com uma história que já estava enterrada – declarou Alexandra.
A defesa de Elias argumentou que ele não estava no Rio de Janeiro no dia do crime. A reabertura do caso foi viabilizada porque um ato do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que foi publicado no Diário Oficial da União, autorizou advogados a fazerem investigações por conta própria.
A advogada revelou que pretende procurar testemunhas que confirmem que seu cliente não estava na cidade. A defesa de Elias quer provar também que as ossadas encontradas em um cemitério clandestino não são de Tim Lopes. Se conseguir confirmar essa hipótese, o grupo de advogados acredita que será possível solicitar a anulação do processo.
O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco Foto: Estadão Conteúdo/Otávio Magalhães
– O Elias não é o monstro que foi apresentado para a sociedade. Na época, ele foi identificado como um dos nomes da criminalidade daquela região. A sociedade queria uma resposta rápida. Quando foi julgado, o Elias já tinha sido condenado pela opinião pública e pela mídia – afirmou Menezes.
Lopes, que trabalhava para a TV Globo, foi torturado antes de ser executado. Na época, ele estava fazendo uma reportagem sobre prostituição de adolescentes em um baile funk da Zona Norte do Rio.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiu uma nota sobre a decisão da defesa de Elias Maluco. Segundo o texto, a reabertura do caso pode agravar a impunidade em casos de ataques contra jornalistas.

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